domingo, 12 de abril de 2009

Forma e função, em risco de extinção

A britânica Persil, fabricante de produtos de limpeza, é mundialmente reconhecida por seu histórico engajamento com a sustentabilidade. Além de possuir diversos programas relacionados ao tema, a empresa se preocupa em pesquisar e desenvolver ingredientes biodegradáveis, para que a sua linha de produtos possua fórmulas ambientalmente responsáveis. Tá certo, tudo ótimo, muito bacana. Mas nada disso importaria se a necessidade primária de quaisquer produtos não fosse suprida. Não por outra razão, a recente campanha de um lava-roupas líquido da marca enfatiza o posicionamento da empresa ao mesmo tempo, e com a mesma ênfase, em que ressalta a função básica do produto. O duplo sentindo aplicado ao conceito criativo "Protect them before they fade" é primoroso devido à precisa direção de arte compondo animais (supostamente em risco de extinção) com as peças de roupas coloridas (supostamente em risco de descoloração).



Não pára* não!

Não, não, não. Ainda não foi desta vez que o Marketing&Stuff parou novamente. Tampouco foi o feriado de Páscoa. Ao contrário do Estado brasiliano, o blog é laico, de verdade. Acontece que a inauguração da Maison Costa tomou todo o tempo (e saúde) do escriba, que agora volta aos seus afazeres normais - com a convicção de sua total inaptidão estivadora.

*PS: como se sabe aqui, o blog repudia o Novo Acordo Ortográfico.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Valorando o timming perfeito

No começo da semana, o assunto foi a Brawn GP. Enquanto a imprensa mundial falava sobre a dobradinha Button-Barrichello, o Marketing&Stuff abordou a questão sob um ângulo diferente, ao focar a vitória em Sir Richard Branson e o seu grupo Virgin. Neste post, falei sobre o patrocínio de última hora que ele acertou, fazendo alusão ao timming mercadológico inalcançálvel(?), de se comprar na baixa e vender na alta. Não sabia o quanto, naquele caso, representava "comprar na baixa". Ninguém sabia, aliás. Até que o jornal britânico The Guardian (não que eu leia o Guardian todos os dias; Prefiro o Times) falou em £ 10 milhões, por um ano de contrato. Ou seja, uma verdadeira bagatela, pois já tem empresa oferecendo £ 60 milhões à Nick Fry, presidente da escuderia, pela mesmíssima coisa. Não bastasse isso, a revista SportPro calculou em £ 8 milhões o valor que a Virgin teve de exposição de mídia com o GP da Austrália. O que significa que, em apenas uma corrida, o investimento valorizou-se em 600% e praticamente alcançou o break even point. Neste final de semana, na Malásia, ao que tudo indica, o cavaleiro já terá registrado o pay back da sua incursão automobilística.